3.15.2014

PNSAC e Salreu

Os campos já pululam de vida e há que aproveitar este tempo, por isso, no último dia 7 de Março fui até a Salreu e passei os dias 8 e 9 pelo Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, neste último com a companhia de Francisco Barros que por lá é vigilante da Natureza faz mais de duas décadas. Acompanhei-o na sua tarefa de monitorizar os algares onde nidificam as gralhas-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax).

Antes de mais, começo por deixar alguns registos de insectos de Salreu. Um deles é esta mosca espectacular pertencente ao género Bicellaria (Hybotidae).


Poecilus sp.
Possivelmente Sphenophorus sp. (Rhynchophorinae)
Passando agora ao PNSAC, aqui está um registo das gralhas. Trata-se de uma espécie inconfundível que ocorre em poucos locais e que, infelizmente, é rara. As da foto são parte do bando que estava acompanhado por muitos estorninhos (Sturnus unicolor). 

Pyrrhocorax pyrrhocorax
Uma das melhores surpresas que tive foi achar um feto que há muito procurava: Ophioglossum lusitanicum. Passa facilmente despercebido por causa da diminuta dimensão, porém, o seu aspecto é muito característico. Em Portugal ocorre outra espécie do mesmo género, O. vulgatum, também, claro está, na minha lista de espécies a observar. 



Um outro feto bastante diferente do último e que por cá, dependendo das localizações, não é comum.
Phyllitis scolopendrium
Arabis sadina (Brassicaceae) e Narcissus calcicola (Amaryllidaceae) são dois endemismos lusitânicos e estão presentes no Parque.

Narcissus calcicola
Arabis sadina
Também pude observar alguns fósseis marinhos, entre eles, este ouriço-do-mar de fortes espinhos.




4 comentários:

Fernando Almeida disse...

Excelentes registos! Muito bom o blog!

Ana Rita Gonçalves disse...

Muito obrigada, Fernando!

Yurnatur disse...

Fantástico ver que também aprecias outros grupos naturais, de facto já espetacular o teu interesse pelos invertebrados, e a dedicação com que os mostras aqui,. Fica bem!!

Ana Rita Gonçalves disse...

Obrigada pelas palavras, Rui :) Eu amo a natureza como um todo mas, claro, (com muita pena minha) não é humanamente possível dedicar-me da mesma forma a todos os grupos.