12.15.2011

Charaxes jasius Linnaeus, 1767


    Charaxes jasius é o maior ropalócero da Europa, chegando as fêmeas a atingir os 8 cm de envergadura. Por enquanto, nesta época do ano, já é possível encontrar as lagartas nas folhas de medronheiro, o seu único hospedeiro, normalmente posicionadas no centro da página superior. O imago alimenta-se dos sucos de frutos maduros.
  O exemplar da foto foi observado em meados de Dezembro na Serra da Lousã.

12.09.2011

Acherontia atropos Linnaeus, 1758



  Esta espécie é para mim uma das mais belas e interessantes espécies de lepidópteros nocturnos e sempre me despertou bastante curiosidade. 
  O seu nome comum advém da marca que possui no tórax, muito semelhante a uma caveira, ainda que se encontrem indivíduos sem esta característica. A envergadura varia entre os 90 e os 130 mm.
  Sendo uma borboleta nocturna está activa desde o anoitecer até perto da meia noite. É atraída pela luz e, ocasionalmente, pelo néctar das flores de laranjeira.
  Uma característica curiosa é a sua capacidade de, quando se alimenta de mel nas colmeias, se tornar "quimicamente invisível" para as abelhas. Porém, as capacidades da A. atropos não se ficam por aqui: consegue ainda, quando se sente ameaçada, emitir sons de alta frequência para dissuadir potenciais predadores. Também as lagartas conseguem produzir ruídos perfeitamente audíveis pelo ouvido humano, algo incomum nos lepidópteros.

  Mais informações

12.08.2011

Upupa epops Linnaeus, 1758

   Por causa da cor da sua plumagem e crista tão características é impossível confundir a poupa com qualquer outra espécie da nossa avifauna.
   Quanto a dados morfológicos é de notar que a envergadura desta ave varia entre os 42 e os 50 cm e o comprimento entre os 25 e os 29, já o peso pode variar um pouco mais: normalmente entre os 55 e os 80 g.
   O período de incubação pode durar 18 dias e durante este tempo a fêmea é alimentada pelo macho, podendo esta depositar desde 5 a 8 ovos. Outra característica da poupa é a possibilidade de que a fêmea, para proteger as crias, segregue uma substância fétida que desencoraja os ataques de predadores ao ninho. A alimentação consiste sobretudo em minhocas, insectos, larvas e até pequenas cobras.
    Já em relação ao habitat prefere zonas de vegetação pouco densa e clima relativamente quente e seco. Pode ser avistada ao longo de todo o país, ainda que no Inverno seja raro observá-la a norte onde as temperaturas são mais baixas.
    A ave destas fotos foi observada ontem, enquanto outros dois exemplares se alimentavam no solo, esvoaçou por entre os ramos das figueiras e poisou a alguns metros de mim. Consegui assim registar algumas imagens, poucas porque mal sentiu a minha presença voou para longe seguida pelos pares que até aí pareciam alheios à minha proximidade.