Tive uma breve pausa nos exames e passei o fim-de-semana de 25 e 26 de Janeiro por casa. Claro que aproveitei para passar o meu tempo livre no campo.
Os campos já começam a estar floridos e a Primavera parece estar cada vez mais próxima. Mal posso esperar! Entretanto, estas chuvas são muito úteis, como para os charcos temporários.
O seguinte foi registado na zona de Tomar, na Primavera passada e, para além de uma miríade de invertebrados, é também habitat de Triturus marmoratus e Lissotriton boscai.

Chara sp. É uma alga de odor característico que pode ser encontrada em charcos.

Como referi, nos campos já despontam as flores de algumas plantas, entre elas Ranunculus ficaria que é uma planta bastante chamativa e comum. Infelizmente, é considerada uma espécie invasora na América do Norte.

Muitos dos invertebrados ainda se encontram escondidos debaixo e nos interstícios de pedras, troncos, etc... Como é típico de muitos Coccinellidae, também a espécie Tytthaspis sedecimpunctata é conhecida por formar grandes agregações de indivíduos que passam o inverno em conjunto. 

Eu encontrei apenas algumas dezenas debaixo de um tronco cortado, no entanto, há registos de milhares de espécimes assim agregados.

Também encontrei uma Scolopendra cingulata, além de Cossyphus sp., Enoplops scapha, Peirates stridulus e, claro, muito mais. 

Este é um bando de gaivotas, da espécie Laurus fuscus, que passou por mim. No Inverno podem encontrar-se no interior do país, ainda que em menor quantidade do que no litoral.

De regresso a Coimbra, encontrei esta borboleta nocturna na estação de Lamarosa. Trata-se uma espécie invernal.

Nebula ibericata