3.23.2014

Ansião e Vale das Buracas do Casmilo

No dia 16 de Março fui dar um passeio até Ansião e, na parte da tarde, às Buracas do Casmilo, um local magnífico.

Este lepidóptero pertence à espécie Aphelia peramplana (Tortricidae). Os estados imaturos alimentam-se de plantas da família Asparagaceae, como por exemplo Urginea maritima na qual as lagartas enrolam as folhas para se protegerem. Esta foi registada em Ansião de onde também trouxe uma lagarta da mesma família que encontrei em Euphorbia characias.



Já no percurso das Buracas do Casmilo, parámos junto a um charco temporário e aproveitei para registar as P. perezi. Ao aumentar a foto, que tem pouca qualidade, reparei que estavam a ser sugadas por Ceratopogonidae.
 Esta família de Nematocera é constituída por espécies  pequenas que rondam entre 1 a 5 mm, são geralmente escuras e, na sua maioria, têm a capacidade de picar. Os adultos em muitos casos alimentam-se de néctar mas o sangue serve como fonte de proteína para a produção de ovos, pelo que são as fêmeas que picam. Podem alimentar-se do sangue de diversos animais, incluindo humanos e transmitir doenças.
As larvas desenvolvem-se numa grande variedade de habitats aquáticos, como charcos, rios, água acumulada em poças; havendo géneros que estão associados mais a habitats terrestres, incluindo ninhos de formigas.

Habitat (Charco temporário)

Deixo também aqui algumas das outras espécies que achámos. 

Lasiocampa quercus
Orchis conica
Polygonatum odoratum

4 comentários:

James disse...

Excelente blogue, também estudei biologia mas em Lisboa. O meu maior interesse vai para as plantas, sobretudo as que têm potencial ornamental, que é claramente o caso do Polygonatum, selo de Salomão. Adoro esta planta, tenho uma no jardim numa área de sombra, mas é ainda pequena. Nunca tive a felicidade de o encontrar na natureza, penso que seja difícil de encontrar aqui mais a sul.

Ana Rita Gonçalves disse...

Muito obrigada pelo comentário :)
Também só a vi pela primeira vez este ano, tanto no PNSAC como agora nas Buracas dos Casmilo. Fiquei muito contente...

Rafael Carvalho disse...

Quanto ao Sêlo de Salomão, tenho visto alguns exemplares na mkata de São Pedro de Moel - Marinha Grande.
Cumprimentos.

Ana Rita Gonçalves disse...

Essa zona ainda não conheço :)