Devo dizer que, além de muito bonito, é um local bastante interessante no que diz respeito à diversidade biológica.
Neste post vou falar um pouco sobre a área propriamente dita e, nos próximos, irei destacar algumas espécies de invertebrados que tive a possibilidade de registar.
O Monte Barata, ao longo dos seus 420 hectares, tem variados habitats de cariz mediterrânico: a formação dominante é o montado de sobreiro (Q. suber) e azinheira (Q. rotundifolia), contando com matagais, rosmaninhais, galerias ripícolas; assim como olivais e pastagens.
O coberto arbustivo é constituído por giestas, tojos, estevas, mendronheiros, pilriteiros – que quando em flor são excelentes para insectos polinizadores – pereira-brava, incluindo ainda o tamujo (Flueggea tinctoria) que se trata de um endemismo ibérico.
Montado |
Ribeira do Marmelal |
Pilriteiro (Crataegus monogyna) em floração |
Claro que a lista dos insectos está muitíssimo aquém da verdadeira riqueza do local.
Aqui existem diversas espécies de vertebrados vulneráveis ou em perigo de extinção, tais como a cegonha-negra (Ciconia nigra), o abutre-preto (Aegypius monachus), o gato-bravo (Felis silvestris) e o morcego-de-ferradura-mediterrânico (Rhinolophus euryale).
Aegypius monachus. Esta ave necrófaga pode atingir 3 metros de envergadura e considera-se rara em Portugal, sendo que o lugar onde ocorre com maior frequência é, exactamente, o Tejo internacional. |
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